domingo, 27 de janeiro de 2013

A DOR DA ALMA



A pior dor, é sem dúvidas a dor da alma.

Porque, quando doí na alma , todo o corpo sofre junto..

A dor da alma pode nascer de uma grande decepção...

De uma doce ilusão,

De um amor não correspondido, de desapontamentos vividos....

A dor da alma vem quando os amigos viram inimigos

Nossos herois se transformam em vilões

A dor da alma nasce eum mim....


sábado, 26 de janeiro de 2013

Eu só quero Respeito!!



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A vida é feita de altos e baixos, por isso é importante ter uma qualidade que quase ninguém tem: Empatia.

Definição da palavra empatia segundo o Aurélio:
s.f. Psicologia e Filosofia Faculdade de perceber de que modo uma pessoa pensa ou sente. &151; Embora não tenhamos conhecimento direto da mente dos outros, muitas vezes podemos fazer suposições bastante precisas acerca da maneira como as outras pessoas sentem ou no que pensam.

Nós sabemos o que já nos aconteceu, e o que está acontecendo AGORA nesse minuto, não sabemos o que o futuro nos reserva.Portanto devemos tomar mais cuidado com o que o que falamos, e, evitar - (digo evitar, porque é impossível fazer isso sempre, nossa natureza humana não deixa)-, voltando; Devemos evitar julgar as pessoas, pelo o que fazem ,digam, ou pela maneira que se comportem.
Não sou boa, nem quero dar lição de moral em ninguém, isso eu aprendi da forma mais difícil.
Então, SIM, eu tento me por no lugar das pessoas, nem sempre consigo, Claro, mas tento.
É melhor falhar por tentar, e ai se não der pedir desculpas e prosseguir, do que nunca tentar mudar.
Como diria uma frase que é creditada a Gandhi: "seja você a mudança que você quer no mundo"

E da onde começou isso tudo mesmo?

Ah sim, na palavra Empatia.Se coloque no meu lugar, e tenta imaginar perder o que você tem de mais precioso.
Eu perdi meu filho, uma parte de mim, meu coração, minha vontade de viver. Mas eu levanto todos os dias, abro os olhos e ainda consigo agradecer pelo o que tenho porque ainda tenho coisas muito preciosas, minha família.
Vou seguindo na minha caminhada de cura, e se para isso tiver que escrever 1000 páginas no face, no meu blog, ou sentir necessidade de comentar a foto do meu filho milhões de vezes por dia é isso o que vou fazer, até não precisar mais, até conseguir sufocar a dor que há em mim.

Então por favor, me respeite, respeite meu momento, me faz bem falar do meu filho.

Dito isso, só tenho a agradecer a muitas pessoas que tenho imenso carinho, umas conheço bem pouco pessoalmente, outras conheço a minha vida toda, outras nem conheço mas somos unidas pelo mesmo propósito (mães de anjos).

A essas pessoas muito obrigado pela empatia e paciência que tiveram e tem comigo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O meu mundo: E a luta está só começando...

O meu mundo: E a luta está só começando...: A campanha nacional por mais leitos de UTINEO, está andando a passos lentos, mais tá andando.Quando me dispus a ajudar a divulgar a causa a...

domingo, 20 de janeiro de 2013

Só por Hoje!!



A famosa frase, utilizada pelos alcoílicos anônimos é a que está sendo a minha filosofia de vida.
"SÓ POR HOJE", é uma frase muito sábia, e tem me ajudado no processo de cicatrização da ferida que ainda está aberta.
Acho que não falo só por mim, quando digo que quando perdemos um filho temos que lutar,todos os dias, para não nos desligarmos totalmente do presente.Ficando presos nas lembranças, e na luta contra a ansiedade e angustia que as incertezas do amanhã nos provoca.
Todos os dias eu sofro lembrando dos curtos e maravilhosos momentos que tive com meu filho.Tem dias que só lembro com saudade, e não doí muito, porque foco nas coisas boas que tive e até consigo agradecer.Mas tem dias que sou assombrada pelas lembranças, e a dor que elas me causam que são tão grandes que chega me deixam sem ar.Nesses dias penso em como foi pouco o tempo que tive com o meu filho, me lamento e enlouqueço.
Assim também,como TODOS os dias, sinto uma ansiedade enorme com o futuro e pensamentos como, "será que poderei engravidar novamente?" "E se engravidar, será que meu filho não vai morrer de novo" ou " E se for tudo bem e meu filho parecer com o Raphaelzinho", ou até, "Será que amarei, meu filho como amo o Fael?",
Enfim, passam milhares de coisas pela minha cabeça, e todas elas muito rápido. No mesmo dia vou de um extremo ao outro as vezes em fração de segundos.
Inevitavelmente, vou continuar sentindo todas essas ansiedades,mas, o que eu quero é viver um dia de cada vez, e estou me esforçando para isso.
Sei que se eu me esforçar bastante, talvez consiga retomar minha rotina... mas como disse, um dia de cada vez.
Então digo a mim mesma : "SÓ POR HOJE, vc vai levantar", SÓ POR HOJE,você vai comer", SÓ POR HOJE....
A Bíblia tem uma passagem que diz "Basta a cada dia o seu mal", portanto espero realmente, conseguir, viver o hoje, sem esquecer do passado, mas não viver totalmente presa nele, e deixar que do amanhã cuide Deus.
Se eu vou conseguir? Sinceramente, não sei, a minha única certeza é que SÓ POR HOJE, tentarei.
Se amanhã a saudade do meu anjo, estiver mais insuportável que hoje, tentarei mais uma vez.E todos os dias com o mesmo pensamento:



SÓ POR HOJE!!

Oração da Serenidade:


Concedei-nos, Senhor, a Serenidade necessária
para aceitar as coisas que não podemos modificar,
Coragem para modificar aquelas que podemos,
e Sabedoria para distinguir umas das outras.

Amém!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O Colo que Não dei

O Raphael nasceu fruto de uma vontade imensa de ser mãe. Mesmo sem ter muitas condições e ser recém casada eu queria desesperadamente engravidar.
Casei em junho de 2011, em Julho estava grávida, com oito semanas de gestação perdi meu bebe e isso me deixou arrasada. Não trabalhava na época e entrei em depressão .Resolvi que voltaria a trabalhar porque precisava ocupar a minha mente, as pessoas não entendiam o motivo de toda aquela tristeza, já que a gravidez estava no comecinho, mas pra mim me faltava um pedaço .
Desde o começo tive problemas, tive vários sangramentos, tomava Ultragestan e progesterona, vivia no pronto socorro, até que no dia 25 de agosto de 2011 fui a consulta, a médica pediu uma ultrassom, e quando o médico procurou os batimentos cardíacos não encontrou e ele me disse muito friamente: “olha o feto, esta amorfo (sem forma), a placenta descolada totalmente, e não tem batimentos cardíacos, essa gravidez não é viável. Eu ouvia, olhava pra ele e me deu um vontade de gritar, mas voltei pra sala da doutora, entreguei a ultrassom e ela, sim, muito humana, me disse várias coisas confortadoras, me orientou a não fazer a curetagem, para evitar outros futuros abortos e me passou uma medicação para abrir o colo do útero, tomei essa medicação duas vezes no dia conforme ela havia prescrito e a noite senti uma cólica imensamente forte, sangrei muito e saiu a placenta e dentro de uma bolinha ainda com agua toda fechadinha o meu bebezinho, que pra mim tinha forma de feto sim, bem pequenininho. Continuei tomando a medicação, voltei na médica fiz exames, e ela me disse que podia tentar de novo em 6 meses. Cheguei em casa, fiz um calendário, e riscava todo dia o quanto faltava...
Em janeiro de 2012 , ainda menstruei normalmente , mas em fevereiro... minha alegria, minha surpresa, fiz o teste de farmácia no serviço e, quando vi, tinha dado POSITIVO, fui até p ambulatório do trabalho pedi duas guias de BHCG Quantitativo, uma para aquele dia e outra para repetir em 48 horas, para saber se estava aumentando o hormônio, já que esse foi um dos problemas que tive na primeira gravidez. Liguei pro meu marido que chorou com a noticia e quando chegou em casa ficava alisando minha barriga. Fiz os exames, os resultados estavam certinhos e foi só alegria;
A minha gravidez foi tranquila apesar de ter adquirido pressão alta, tomava meus remédios e só comia fruta, emagreci ao invés de engordar, uns 6kg, só engordei novamente no fim da gravidez , mas meu filho sempre foi grande e pesadinho, ele se desenvolveu muito bem , pelo menos era o que aparentava.
Descobri o sexo com mais ou menos 5 meses de gravidez, e chorei ao saber que era menino, falei pro meu marido que quando o Faelzinho crescesse não ia me visitar, como perceberam o nome escolhido foi Raphael Filho, e meu marido ficou todo bobo, porque o filho ia ter o mesmo nome dele.
Chegamos a 40 semanas sem nenhuma grande intercorrência, como ele não nascia e já estava sem espaço, foi feita a cesárea e no dia 28/10/2012 as 12:14hrs, nascia meu amado filho, que emoção, ele nasceu grandão com 49 centímetros, 3945kg, apgar 8 e 9, um sonho. Falei pro meu marido ficar grudado nele tinha muito medo de trocarem meu bebe na maternidade, ou roubarem.
Fui para o quarto e aproveitei meu bebe até o dia seguinte, quando levaram ele para dar banho, fui atrás ficar olhando pelo vidro, e percebi que a pediatra fez uma cara estranha quando escutou o coração dele, colocou ele no oximoro, o monitor estava virado pra frente, e me desesperei ao ver a saturação do meu filho tão baixa, falei pro meu marido que ela pediria UTI pra ele e foi o que aconteceu.
Desde que o Faelzinho foi para o quarto eu havia percebido que ele respirava cansadinho, falei para as enfermeiras, falei pro meu marido, falei pra todo mundo que entrava no quarto, mas falavam que era coisa da minha cabeça.
A médica muito boa Dra Monica, me falou que o Raphaelzinho provavelmente era portador de alguma cardiopatia congênita, que existiam várias e naquele momento sem os exames ela não saberia me precisar qual era, disse que ele iria para a UTINEO, para ser monitorado de perto e receber medicações para manter a válvula do coração dele aberta. A noite me chamaram porque ele tinha feito a ecocardiografia e a cardiologista, me explicou que ele era portador da Síndrome da Hipoplásia do Coração Esquerdo SHCE, e de outros problemas (que só mais tarde descobri os nomes CIA e Coartação da Aorta) e que este problema o tratamento era cirúrgico, mas que a cirurgia seria paliativa e eram mais de uma cirurgia, disse que pediria transferência pra ele porque o tratamento cirúrgico eles não tinham condições de fazer ali naquele local.
No dia 30/10 fomos transferidos para o hospital de referência do convênio, foram feitos novos exames e no dia 31 conversamos com os cirurgiões que explicaram que o tratamento convencional que são três cirurgias em idades diferentes, não era indicado para ele naquele momento porque a aorta dele era muito fininha torta e muito estreita. Primeiro ele faria uma cirurgia denominada cirurgia Hibrida, para que ele pudesse ter chance de passar pelas outras.
Lembro que ficava ali em pé e cantava pro meu bebe na incubadora, a mesma música que ele ouvia na barriga , chorava, orava, ele mesmo sedado melhorava a saturação quando ouvia minha voz, quando eu tocava nele, ele sabe que foi e é muito amado.
NO dia 01/11/12 foi feita a cirurgia do meu filho. Acompanhei ele ate a porta do centro cirúrgico dei um beijo nele, minha mãe e meu marido também e foi a última vez que vi meu filho com vida as 19:15hrs ele faleceu vitima de um choque hemorrágico e parada cardíaca, meu bebezinho não aguentou a cirurgia.
O que eu senti com a notícia foi devastador, parecia que eu estava olhando outra pessoa passar por aquilo, meu marido me abraçou e choramos como criança.
Ele também ficou muito abalado, o Raphaelzinho sempre mexia quando ouvia a voz dele na barriga, e ficava quietinho quando o ´pai pegava ele no colo.
Tinham providencias a serem tomadas e eu não quis ninguém tomar as decisões por mim, fui até a internação pedi a declaração de óbito, que a menina não sabia fazer e me irritou muito, porque eu vi que ela estava fazendo errado e teria que refazer (trabalhei em hospital), naquele momento enquanto ela preenchia a declaração de óbito eu lembrava de todas as vezes que eu tinha preenchido aquele mesmo papel... não imaginava alguém fazendo isso do meu filho.
Queria ir até a funerária, mas meu marido pediu pra deixar meu sogro e minha mãe escolherem o caixão, dei instruções de como eu queria, voltamos para o hospital de madrugada para liberar o corpo, eu queria vestir meu filho, as pessoas falavam "não vai ver não", mas eu quis ver meu filho. A saída de maternidade que eu tinha comprado com tanto carinho, pedi para as enfermeiras vestirem nele, e ele ficou lindo parecia um anjinho.
Fomos pra casa, ele foi velado na igreja que meu marido cresceu, lembro de sentar e olhar fixamente para o caixão, era irreal aquilo, um mês antes eu tinha escolhido os móveis do cantinho que fiz pra ele e agora, ele tava ali inerte naquele caixão.
Eu não ia ter o chorinho de madrugada, não ai amamentar, não ia ver meu filho se desenvolver, não ouviria ele me chamar de mamãe.
As pessoas tentavam me consolar, mas só me irritava ouvir as mesmas palavras, que de consolo não tem nada. O culto fúnebre foi lindo, muitas pessoas compareceram para nos apoiar e foi importante, enquanto ele estava internado ouve uma comoção na internet de oração em prol da vida dele, pessoas de vários locais oraram pelo meu filho, e eu sou eternamente grata por isso.
Quando recebemos a notícia da morte do Faelzinho, o Raphael meu marido escreveu o seguinte texto que foi lido e distribuído no velório dele:

“O Raphaelzinho foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Foi fruto do meu amor pela Fernanda.
Infelizmente quis Deus levá-lo com apenas 5 dias de vida. Entretanto esses 5 dias mudarão o restante da minha vida.
Nesses dias pude contemplar o meu pequeno Guerreiro em sua luta, pude abraça-lo, beijá-lo, sentir o seu agradável cheirinho. Essa experiência é a mais magnífica e gratificante que existe, eu aproveitei todos os momentos.
Não pude acordar a noite com seu choro, nem para dar-lhe de mamar ou ao menos trocar sua fraldinha.
Não poderei vê-lo andar, falar, cair, se machucar, se curar, quebrar a casa toda.
Pais que lerem esta carta, saibam que esses não são problemas, na verdade, são privilégios, aproveitem cada segundo com seu filho, curta cada momento com ele, não se neguem de brincar com ele quando chegar em casa cansado. Se derretam quando virem seus biquinhos de manha, quando olharem com ternura, pois pode ser a ultima vez, no meu caso foi.
Jamais esquecerei aqueles olhos pretos me olhando, seu cabelo espetadinho, o biquinho que ele fazia.
5 dias, apenas 5 dias e Deus o levou de mim, 5 dias que mudaram toda minha vida.
Raphaelzinho, eu te amo e mamãe também, Vai com Jesus, logo, logo nos veremos outra vez.
Com amor,
Papai e Mamãe”


Hoje faz exatamente 2 meses e 21 dias que ele nasceu 2 meses e dezoito dias que ele voou de volta para os braços do pai.
Voltar para casa só voltei depois de um mês, e quando vi tudo aqui o berço vazio, as roupas ainda sem usar, o estoque de fraldas que eu tinha feito, chorei muito, mas acabei me acostumando, hoje não quero desmontar nada, mas sei que isso será inevitável. Me angustia saber que esse momento vai chegar e precisarei ser forte.
Todos os dias dói para respirar; todos os dias.
É difícil levantar, foi difícil ter leite e não ter bebe para amamentar, doí não ter o cheirinho de bebe em casa, doí ter o colo vazio. Perder um filho é perder um sonho, uma parte de você. Choro todos os dias ,me pergunto todos os dias o porquê, e nunca encontro resposta. Só durmo se for com a roupinha que ele usou comigo, mas tive uma crise porque acabou o cheirinho dele.

Hoje sou mãe de dois anjinhos, uma mãe tendo que viver sem os filhos para cuidar. Encontrei apoio em pessoas que nem conheço, mas compartilham comigo a mesma dor e saudade de seus anjos
Estou tentando sobreviver, porque viver mesmo, eu deixei na hora que meu filho morreu.


Fernanda Costa Xavier





quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Até Eu Vir Buscá-lo Outra Vez

Até Eu Vir Buscá-lo Outra Vez



"Emprestarei a vocês este filho querido
Por um tempo" - ouvimos Deus dizer -
"Para que o amem enquanto tiver vivido,
E o chorem se vier a a morrer."

"Talvez por dois anos, quatro, ou cinco até,
Ou quem sabe, chegue a vinte e três,
Seja o que for, Meu pedido agora é:
Podem cuidar dele até eu vir buscá-lo outra vez?"

"O seu jeito de ser lhes trará horas gostosas,
E se sua estadia acaso mui breve for,
Vocês ficarão com lembranças preciosas,
Como um consolo para a vossa intensa dor."

"Que ele ficará com vocês, não posso prometer,
Já que tudo, da Terra, precisa voltar,
Porém há lições para ele aí aprender,
Que de outro modo nunca iria assimilar."

"Eu procurei por todo o mundo, a buscar,
Pessoas aptas que pudessem ensiná-lo,
E das multidões que estão na vida a caminhar,
Achei que só vocês poderiam ajudá-lo."

"Será que poderiam dar a ele todo o amor,
Sem pensarem ser trabalho em vão,
E nem se ressentirem contra Mim quando Eu for
Aí buscá-lo, para tê-lo comigo então?"

"Creio haver ouvido de vocês a oração:
Amado Senhor, seja feito o Teu querer;
Pelo gozo que este filho possa trazer então,
Correremos o risco de tal dor sofrer."

"O cobriremos de amor, terno e permanente;
A ele vestiremos de carinho e bondade;
E a Ti ficaremos gratos agora e eternamente,
Pois nos fizeste conhecer felicidade."

"E se chegar a hora que o quiseres chamar,
Antes até do que havíamos planejado,
A dor que virá, procuraremos enfrentar,
E compreender que isto foi o Teu cuidado."

(Autor desconhecido)




sábado, 12 de janeiro de 2013

A dor passa com o tempo?? a minha não!

Todo mundo me diz que com o tempo a dor passa. Talvez eu seja diferente das outras pessoas porque não tá passando ou contrário, doí mais a cada dia.
Não consigo achar consolo,não consigo achar solução... muitos dizem: , "vc é nova vai ter outros filhos", e nem desconfiam que mesmo que eu tivesse mais vinte não mudaria a o fato de sentir dor e saudade.
Junto com meu filho, perdi meus sonhos, meus planos e projetos, porque Deus não sonhou meu sonho comigo.
Amo ao Senhor, e todos me dizem: "foi a vontade de Deus", sim eu sei, e não me resta outra alternativa a não ser aceitar, e ao mesmo tempo algo grita dentro de mim que eu não posso aceitar, porque simplesmente eu não consigo.
Posso fazer o jogo do contente (quem leu Poliana vai saber do que eu tô falando), e encontro ótimos motivos para me alegra, e me alegro, por exemplo, tenho um marido lindo,irmãos maravilhosos e uma mãe que se pudesse ficaria no meu lugar com o meu sofrimento.Então consigo ser grata pela minha vida, pela minha família, mas ainda assim o vazio, a tristeza continuam alia espreita.
Sei também que meu filho está salvo , e não existe lugar melhor para se estar do que com o Pai celestial, mas, sinto inveja de não te-lo comigo.

Todos os dias, jogo o jogo do contente, todos os dias coloco um mascara, todos os dias espero ansiosamente meu esposo chegar com medo de ficar sem ele também,(porque vai saber qual é a vontade de Deus).
A lição que tirei de tudo isso, Amar, amar e amar, porque pode ser o último dia o último minuto.
Não tenho tempo a perder com coisas banais, não quero perder tempo com pessoas desagradáveis , ou que não entendem o meu minuto de silêncio, minha necessidade de falar, minha necessidade de escrever, não vou perder tempo com quem nem tenta me entender, eque fala que eu me afasto, não sou eu que me afasto, são as pessoas que não entendem o meu momento que se afastam, quem é que gosta de ficar perto de quem tá triste o tempo todo?
Mas nessa caminhada não estou sozinha, além da minha família encontrei mulheres feridas como eu, que tbm perderam seus anjinhos, desabafo, choro, lembro, e vou lambendo as feridas, esperando que um dia elas cicatrizem...





sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Perder um filho


Li esse texto que circula na internet e percebi que ele é verdadeiro, gosto muito dele, porque o autor parece que sintetizou tudo o que eu sinto, por isso colocarei ele aqui .





Eu perdi meu filho hoje


"As pessoas vieram sofrer e chorar,e eu simplesmente sentei e encarei tudo, estava atônita, sem acreditar naquilo que estava acontecendo...
Eles procuravam palavras para dizer, tentar fazer minha dor ir embora.
Eu caminhava, sem acreditar...
Eu perdi meu filho hoje.

Eu perdi meu filho mês passado.
Algumas pessoas ligam, e algumas permanecem.
Eu quero acordar disto, não pode ser real, eu quero gritar.Tudo está ainda trancado aqui dentro.
Deus me ajude, eu não quero aceitar...
Eu perdi meu filho mês passado.

Eu perdi meu filho ano passado.
Agora as pessoas que ainda vinham, se foram.
Eu sento e luto o dia todo, para suportar a dor profunda aqui dentro de mim.
E agora me perguntam o porquê. 'Por quê? Por que essa mãe não segue adiante? Simplesmente fica repetindo a mesma velha dor, o mesmo antigo lamento!
Eu perdi meu filho ano passado.

Eu perdi meu filho há dois anos.
Poderá fazer mais, não importa.O tempo não muda para mim.
O estado de incredulidade, de esperar que fosse tudo uma mentira da vida, essa ilusão que ainda tinha, infelizmente desapareceu.
Meus olhos derramam, todos os dias (sim, todos!!) muitas lágrimas.
Eu percebo o jeito que você olha:"Você deve seguir, não tem mais jeito ." - que palavras duuras para uma mãe - "não tem mais jeito!" Não doeria em você?Sim, eu estou aqui, parada no tempo, e o meu sentimento é o mesmo:"Eu perdi o meu filho...hoje!"
Não importa quanto tempo...
ta doendo, ta sangrando...vai ser sempre assim...''COMO SE FOSSE HOJE''



Autor desconhecido... Tirado da Página Mães em luto