terça-feira, 28 de outubro de 2014

E hoje teria uma festa...


“A Saudade é o revés do parto, a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu” – Chico Buarque



Há dois anos no dia 28 de Outubro de 2012,Às 12:14 hrs, pesando 3,945 quilos, 49 centímetros com quase 41 semanas, vinha ao mundo o motivo da minha alegria. Aquele a quem eu tinha esperado por pouco mais de nove meses, (de parto cesárea pois não tinha dilatação e já havia passado o tempo que os médicos acham seguro induzir um parto, principalmente quando a mãe desenvolveu uma hipertensão na gestação). Vinha ao mundo o meu amor, (ou a pessoa que me fez entender o que era o amor em toda a sua plenitude). Vinha ao mundo aquele que me tornou mãe, nascia meu Faelzinho.
Gostaria de poder dizer que este texto é sobre a festa que eu estaria organizando pra ele, de como ele está grande e esperto, mas este texto é só um desabado de uma mãe que por mais que tente, sente o coração apertado, tem o colo vazio, uma mãe que sente saudades do que viveu e do que não viveu. Este é mais um texto de uma saudade infinita.
Os cinco dias que o Senhor me permitiu estar com ele , me ensinaram que não há amor maior do que o de uma mãe por um filho, do que a de um pai por seu filho.
O Faelzinho com os seus olhinhos pretos e espertos que me olhavam fixamente e tocavam o mais profundo da minha alma, me ensinaram que o amor é bem mais do que eu imaginava.
No texto de hoje , não quero focar só na minha tristeza de não ter o meu filho comigo, nos dias e dias que chorei e choro a sua ausência, ou em como ao escrever agora, as lágrimas caem da minha face.
No texto de hoje quero focar na alegria que senti ao ouvir pela primeira vez o som da voz do meu bebê, na alegria que senti quando a enfermeira o colocou pertinho do meu rosto e ele reconhecendo a voz da mamãe parou imediatamente de chorar, em como me descobri totalmente rendida ao um amor sem limites ao pega-lo no colo a primeira vez, e quando me lembro de tudo o que Deus me permitiu viver com o meu bebe, consigo agradecer. Agradeço por ter conhecido e vivido estes momentos que vivi com o meu Fael.
Alguns de vocês que me leem e acompanham minha história até hoje, podem pensar no porque eu ainda insisto em falar do filho?, Em lembrar datas? ,E eu respondo que é porque eu ainda sou mãe, mesmo que não tenha ficado noites em claro trocando fralda, amamentando. Eu ainda sou mãe, mesmo se eu não tenha visto os primeiros passos, ouvido as primeiras palavras, e podem se passar vinte anos eu ainda serei mãe, e ainda imaginarei como meu filho seria...
E como mãe não dá pra esquecer o que está gravado em mim, não dá pra esquecer e nem fingir que não existiu uma parte do meu coração...
Saudades do meu príncipe...
Filho mamãe te ama hoje e para todo sempre

Parabéns meu bebê, meu príncipe, o que eu não daria pra estar com você...

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito emocionante seu texto.